Autoras

Goiânia, Goiás, Brazil
Paula Hollanda e Beatriz Xavier, 8º ano F

Latifúndio Monocultor na América Latina

Latifúndio Monocultor na América Latina
Camponeses trabalhando

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Diferenças das terras cultiváveis (latifúndios e minifúndios)

Nos latifúndios monocultores é alta a produção de gêneros agrícolas, como: cana-de-açúcar, café, trigo, cacau, soja, e frutas tropicais, que são destinados ao mercado externo. Em algumas partes da América Latina as criações de gado de corte, principalmente bovina, também são destinadas à exportação. Esses latifúndios monocultores investem cada vez mais em implementos agrícolas, pois recebem maior apoio dos governos, como subsídios, financiamento e linhas de crédito, ao passo que, nas pequenas propriedades o auxílio do governo é quase inexistente.

Já os minifúndios, que são as pequenas e médias propriedades, que respondem por uma parcela significativa dos produtos destinados a alimentação básica da população, como: milho, feijão, batata, inhame e mandioca, também por uma pequena parcela da produção pecuária. Porém, a produtividade é baixa nessas propriedades pois elas não conseguem se modernizar em razão da falta de apoio financeiro e assistência técnica.

Provável Solução - Reforma Agrária

Movimento dos Trabalhadores Sem Terra
(MST)


A reforma agrária é uma regionalização do espaço rural que tem como objetivo a distribuição mais igualitária das terras e que, ao mesmo tempo, promova a tecnificação das pequenas e médias propriedades, tornando-as mais lucrativas e competitivas. Uma política agrícola que dê prioridade da política atual, que privilegia as classes latifundiárias internas e prioriza os interesses do mercado externo. Isso é uma provável solução para os problemas agrícolas.


Ela traz benefícios: aumenta a produção agropecuária; melhor utilização das terras; gera empregos e fixa as pessoas no campo; estabilidade social e política de um país; melhora a condição de vida dos camponeses e trabalhadores rurais; diminui a pobreza, marginalização e exclusão social; diminui a violência na disputa por terras.


Mesmo assim, a reforma agrária não foi implantada na maioria das terras porque muitos latifundiários têm poder político e não querem distribuir suas terras. Isso faz surgir grupos e movimentos populares que querem a reforma. No Brasil, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) é um deles.

Curiosidades

Bandeira do MST



Bandeira do EZLN


Como vimos, a reforma agrária influencia na formação de grupos revolucionários que querem que ela seja executada. O EZLN é um exemplo desses na América Latina.

Chamado Exército Zapatista de Libertação Nacional, o EZLN é um grupo revolucionário armado baseado no estado mexicano de Chiapas, que visa combater as opressões sofridas pelos povos indígenas no México, e, mais que um grupo guerrilheiro, autodefine-se como um movimento organizado em comunidades cuja organização política seria baseada na "democracia direta". O EZLN incorpora em sua luta tecnologias modernas como telefones via satélite e a internet como maneira de obter apoio interno e no estrangeiro.

Já no Brasil, temos como exemplo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que busca fundamentalmente a redistribuição das terras improdutivas. O MST se organiza em 24 estados brasileiros. Sua estrutura é composta por setores, coletivos, e 250 famílias, que buscam trabalhar cada uma das frentes necessárias para a reforma agrária verdadeira. São setores do MST: Saúde, Direitos Humanos, Gênero, Educação, Cultura, Comunicação, Formação, Projetos e Finanças, Produção, Cooperação e Meio Ambiente e Frente de Massa. São coletivos do MST: juventude e relações internacionais. Esses setores desenvolvem alternativas às políticas governamentais convencionais, buscando sempre a perspectiva camponesa.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Características históricas da concentração fundiária



Muitas pequenas propriedades que apresentam reduzidos níveis tecnológicos e empregam técnicas tradicionais de cultivo e criação, convivem com grandes latifúndios monocultores, os quais, mesmo estando em menor número, ocupam enormes áreas. Uma característica marcante em todo o espaço agrário latino-americano é a distribuição desigual das terras. Na maioria dos países latino-americanos, inclusive no Brasil, a maior parte das terras está com os latifundiários. E o resto fica com os camponeses que dividem as terras.

A ocupação territorial no período colonial




No período colonial, a ocupação do território latino-americano ocorreu, basicamente, da formação de imensas propriedades rurais, tanto para a criação de gado quanto para o cultivo de lavouras monocultoras de exportação. A atual concentração fundiária na América Latina teve origem, no sistema de produção colonial.